Sete mil crianças e adolescentes inseridos na rede municipal do Rio de Janeiro

Além de localizar crianças fora da escola, articuladores locais disseminam informações úteis às famílias.
Busca ativa em uma comunidade do Méier, na Zona Norte do Rio
Busca ativa em uma comunidade do Méier, na Zona Norte do Rio.

Até agosto de 2015, 6.964 crianças e adolescentes de seis a 14 anos de idade entraram na escola com influência direta das ações do projeto Aluno Presente. Os números são uma soma de todas as regiões da cidade do Rio de Janeiro, abrangência do projeto, que tem até 2016 para encontrar 21 mil das 24 mil crianças fora da escola estimadas pelo Censo IBGE em 2010.

Com a parceria de associações de moradores, redes municipais de saúde e de assistência social, empresas de transporte público e da própria população, os articuladores locais têm conseguido cada vez mais aproximar as crianças e adolescentes fora da escola da educação.

Para localizar uma criança fora da escola, o projeto utiliza estratégias específicas. Uma delas é a busca ativa com listas oficiais fornecidas pela Secretaria Municipal de Educação (SME). A secretaria sabe quem são os alunos que estão há algum tempo sem frequentar as aulas, e encaminha aos articuladores locais (os profissionais de campo responsáveis pelo contato direto com as famílias e instituições locais) listas com os contatos desses alunos e alunas. Ao fazer uma visita domiciliar, o/a articulador/a do projeto procura saber com os responsáveis quais são as dificuldades encontradas para manter a criança ou o adolescente na escola. Dependendo da questão, é feito um encaminhamento para o órgão responsável, como por exemplo, no caso de uma adolescente que precisava fazer tratamento dentário para voltar para a escola e foi encaminhada para os postos de saúde.

De todas as crianças localizadas pelo projeto, três em cada 100 não possuíam certidão de nascimento. A lei diz que a falta desse documento não impede que a escola faça a matrícula da criança a fim de garantir que ela não perca o direito fundamental à educação, mas muitas vezes a família, por não ter conhecimento desse fato, deixa de levar a criança ou o adolescente para a escola. As informações colhidas são compiladas em um sistema de banco e processamento de dados e a análise dessas informações apoia o desenvolvimento de uma política pública voltada para a inclusão e redução da evasão escolar dos estudantes no Ensino Fundamental.